Gravel Birds: Seis dias (e noites) a pedalar pelo Alentejo
154 participantes divididos pelas duas versões da prova em modo bikepacking. A mais longa tem 750 km, a menor dura 330 km.
(foto: @fotografamos {Pedro Cardoso} Gravel Birds)
Cerca de 150 aventureiros vão partir no sábado de Castro Verde, no Baixo Alentejo, para a 4.ª edição um dos maiores desafios do ultraciclismo gravel em autonomia (bikepacking) organizado em Portugal. Uma centena propõe-se cumprir o traçado maior da Gravel Birds (750km) e os restantes 50 a versão mais curta da prova (330km), a L´Abetarda.
Na edição inaugural, em 2022, participaram só 14 ciclistas e a prova tinha apenas a versão mais longa.
Para o percurso de 750 km vão estar na linha de partida 78 ciclistas individuais e 19 duplas , enquanto o percurso de 330 km conta com 40 ciclistas individuais e 12 duplas. No total, 154 participantes de 17 países estarão na linha de largada. Dez por cento dos ciclistas são mulheres, segundo a organização.
A iniciativa poderia reunir já um número maior de participantes, mas os promotores do evento desportivo têm especial preocupação com o impacto ambiental, pelo que o crescimento tem sido, e continuará a ser, controlado.
A Gravel Birds “é uma rota de aventura com elevada exigência física e que atravessa alguns dos territórios mais remotos e isolados de Portugal”, lê-se na página da prova, que decorre em loop , com partida e chegada na vila de Castro Verde, tanto na versão mais longa como no percurso mais curto.
Os ciclistas que se propõem concluir os 750 km vão ter que ultrapassar um acumulado ascendente a rondar os 8.000 metros num piso de gravel calculado em cerca de 75% do total da distância, sendo o restante em asfalto.
Os 330 km L´Abetarda tem um desnível acumulado de aproximadamente 4.000 m, com cerca de 65% de piso em gravel.
Nas duas distâncias, os participantes dispõem de seis dias para completar a aventura.
Na versão longa, os caminhos levam os aventureiros até Serpa e ao Vale do Guadiana, passando depois por Mértola, donde iniciam a travessia do Alentejo pela Serra do Caldeirão em direção a Odemira e à Zambujeira do Mar, no litoral alentejano, donde sobem para Porto Covo. Desta aldeia regressam ao interior pelo Cercal do Alentejo, Relíquias, Garvão, Santa Clara-a-Nova, Almodôvar, Ourique, Aljustrel e Albernoa, antes de regressarem ao ponto de partida.
A versão menos longa exclui o percurso pelo Vale do Guadiana e a ida ao litoral, tendo em comum com a versão ultra o início e o fim.
António Martins Neves
Eu estive lá! E foi uma beleza!